quarta-feira, 4 de maio de 2016

Falência moral, política e institucional


Os anos passam e nosso modelo de governo não muda! Essa condição estática demonstra que não avançamos nada, não que a sociedade não queira, mas por conta da classe política que cronicamente despreza os anseios do povo. As reformas arrastam-se pelos gabinetes sem nenhum comprometimento dos governantes. O Congresso tem sua pauta amparada por estratégias meramente políticas como em uma disputa para ver quem leva a melhor...
 
O potencial do Brasil causa inveja a muitos países no mundo. Com essa grandeza territorial e com terras férteis se tivéssemos governos sérios essas terras teriam uma produtividade muito acima do que conseguimos. Presentemente vivemos uma crise que assusta a todos e compromete substancialmente a caminhada da Nação, já que estamos estagnados! A governabilidade há muito não existe. O governo disputa com o Congresso para ver quem é mais forte... Os líderes daquela Casa e a Presidente Dilma Rousseff esbarram com denúncias de toda sorte. O Brasil parou!
 
Parou por quê? Parou pela irresponsabilidade do governo que além de incompetente tem como prática um projeto político-ideológico que não se coaduna com o perfil de nossa sociedade. A degradação moral desencadeou um processo de corrupção nunca visto no mundo! Somos um péssimo exemplo para as demais nações. A sociedade vive sobressaltada rotineiramente com a falta de segurança e por esses tempos amarga uma instabilidade política e institucional que resulta no desemprego de milhões de brasileiros.
 
Fala-se em reformas! São várias! Reforma política, reforma eleitoral entre tantas outras. Acontece que há uma reforma que deveria anteceder a todas as demais: a reforma moral! Aliás, se houvesse realmente moralidade na classe política, há exceções, jamais seria necessária essa reforma, pois as consciências dos que comandam a nação deveria ser a bússola de suas atitudes.
 
A ânsia pelo poder que domina a classe política impede que saiamos desse emaranhado de vergonhas que assola o Brasil. Enquanto surge um Juiz como Sérgio Moro que busca por ordem na casa, punindo a tantos que pareciam blindados, temos inúmeras leis permissivas que ajudam aos advogados espertos reverterem o processo pela astúcia própria de cada um deles. A nossa Constituição esfacelou-se diante de tantos descumprimentos e tornou-se um mero papel sem função nem respeito...
 
Enquanto não diminuirmos esses caminhos jurídicos que muitas das vezes são percalços para a devida aplicação da lei e consequente punição daqueles que delinquiram, não teremos efetividade na forma exemplar de se julgar.
 
Essas incongruências se avolumam e atravancam os processos com recursos de toda ordem, já que as leis assim o permitem. Com essa prática os juízes ficam assoberbados e muitos casos prescrevem estimulando a impunidade.
 
Infelizmente avizinha-se quadro assemelhado ao que tivemos em 1964, onde a desordem e o desrespeito às hierarquias tornaram-se insustentáveis exigindo uma intervenção. A história se repete e os personagens se renovam, mesmo havendo a presença de alguns daquela época. Esperamos que haja bom senso e principalmente responsabilidade com os destinos do Brasil...