Publicado
no Jornal do Commercio
Caminhos
da Fé
21.02.2021
A
luz e a escuridão
“Assim brilhe
também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e
glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”. (Mateus 5:16)
Essas sábias
palavras são estímulos para que busquemos constantemente a luz. Sem ela, nada
vemos no âmbito físico. Mas esse despertar é muito mais profundo, já que
requisita a visão do nosso verdadeiro mundo que é a do Espírito. Para que o
diamante espelhe o seu brilho, impõe-se-lhe a lapidação. O Espírito, também
imperfeito, necessita do esmeril para que venha reluzir a sua luz obscurecida
com as nódoas existenciais da longa caminhada evolutiva.
Enquanto não
atentarmos para essa necessidade, estaremos fadados a continuar com as dores e
sofrimentos que nos fustigam. As mudanças se fazem necessárias e quanto mais
delongarmos esse processo de burilamento regido pela Lei Divina, mais
sofrimentos teremos, visto que, enquanto não totalmente liberta a consciência, as cobranças acontecerão
incessantemente.
Alcançando as
virtudes latentes no Espírito, estaremos seguindo as palavras e o exemplo do
Cristo. Não esqueçamos de que Deus é o Criador Supremo e nós, na condição de
filhos, somos cocriadores. Em João 10:34, consta: “Não está escrito na vossa lei: Eu disse: Sois deuses? Com essa assertiva
fica evidente nossa imensa capacidade de realização.
Sócrates (470 a.C.
–399 a.C.) já dizia: “Conhece-te a ti
mesmo”. Jesus com a sua sabedoria nos ensinou, segundo João 8.32: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos
libertará”. O conhecimento do nosso Eu nos trará as verdades adormecidas e
quando reveladas pelo despertar da nossa consciência,
levar-nos-á ao necessário ajuste para seguirmos o Caminho da Luz.
Encontramos no
Livro Autodescobrimento – Uma busca interior, psicografia de Divaldo Pereira
Franco, pelo Espírito Joanna de Angelis, 17ª Edição, pg.158: “A libertação do Eu profundo ocorre à medida que se desenfeixa dos desejos - raga (as paixões) do conceito
budista—, a fim de alcançar a realização interior”.
Esse processo de transformação e
renúncia dos velhos hábitos, onde o orgulho
e o egoísmo predominam leva-nos
desconforto, já que estamos acostumados com atitudes que conflitam com a humildade e a caridade, virtudes basilares do ser Cristão. Na obra Voltei, 1ª Edição – Editora FEB, psicografia
de Francisco Cândido Xavier, pelo Irmão Jacob, item Novo Despertar consta: “Ora, vigia, movimenta-te no esforço digno e
sê feliz, meu amigo! A tua luz crescerá com a dilatação de teu devotamento ao
Bem Infinito”
Precisamos
mergulhar em nosso interior e expandir a luz que lá permanece tênue. Estaremos assim
consolidando a nossa condição de cocriadores da Obra de Deus, levando as
verdades divinas para todos que conosco convivem. Dessa forma a nossa candeia
não permanecerá “debaixo do alqueire”. (A escuridão nada mostra, é anônima, enquanto
a luz, por ser a verdade, nada esconde).
Luiz
Guimarães Gomes de Sã
Trabalha no Centro Espírita Caminhando Para Jesus
www.cecpj.org.br