quinta-feira, 14 de agosto de 2014




Eduardo Campos,, o líder


Publicação: 05/09/2014 –
Opinião do Diário de Pernambuco


Morre Eduardo Campos. Morre um pedaço do Brasil. Morre uma esperança que indicava trazer dias melhores para a Nação. Jovem, idealizador, dinâmico e competente, esteve à frente do governo de Pernambuco durante sete anos.

Nesse período destacou-se pela habilidade de governar e principalmente por ser um gestor na acepção da palavra. O Brasil sempre esteve a necessitar de uma gestão pública competente, célere e eficaz. A forma arcaica e perversa de governar vinculada praticamente a indicações políticas levaram o país a essa situação caótica dos dias de hoje.

Austero e cobrando resultados, ele instituiu em Pernambuco o modelo de gestão comprometida com metas e resultados. E deu certo! Deixou a marca de um governo com elevadíssimo índice de aprovação mercê dos resultados obtidos.

Na iniciativa privada essa prática de gestão é que dá resultados e nenhuma empresa está no mercado para ter prejuízo. Essa é a regra. Pernambuco nunca cresceu tanto como na gestão de Eduardo Campos. Uma das mais arrojadas metas que ele prometeu foi a descentralização do atendimento hospitalar, já que o Hospital da Restauração acolhia pacientes de todos os lugares. Essa medida desafogou sobremaneira esse hospital e facilitou a vida dos pacientes. Deu certo!

Quanto ao Brasil, ele já tinha um modelo de gestão exitoso em Pernambuco e certamente implantaria o mesmo para ajustar os rumos da Nação. Infelizmente sua vida foi curta e inesperadamente ele partiu. Partiu saudoso de um sonho não realizado, ou seja, tentar oferecer ao País sua experiência política e administrativa digna de aplausos. Esse saudosismo repousa também no coração dos pernambucanos e de milhões de cidadãos dessa Nação tão sofrida e ávida por dias melhores.

Mas nada na vida é por acaso. Ele teria que existir mesmo por tão pouco tempo para deixar um legado de realizações e um exemplo digno de ser seguido. Eduardo Campos deixou um clarão que certamente iluminará os destinos do Brasil. O Brasil não para. O Brasil não espera. Vamos adiante espelhados nessa figura ímpar do cenário político nacional.





Convivendo com as diferenças


 



Publicação: Opinião do Diário de Pernambuco 14.08.2014
 
Um dos grandes desafios que todos nós temos é aceitar as diferentes opiniões do nosso próximo. Ainda na infância iniciamos o convívio escolar, quando conhecemos inúmeros colegas que poderão ser no futuro nossos amigos. Daí por diante os contatos vão se multiplicando e a essa altura já estamos diante de um ciclo social bem maior.

Ao longo dos anos, essas afinidades vão se acumulando e para muitos chega o momento do matrimônio, em que o convívio diário torna-se, talvez, o maior desafio a ser superado já que as intenções e ações doravante deverão ser compartilhadas. Nossa individualidade sofre alterações e precisamos ter discernimento e renúncia para irmos adiante. Nessa caminhada chegam os filhos ampliando-se o circulo familiar. Surgem novos desafios em um contexto muito mais complexo, onde as diferenças se multiplicam.

A educação é a primeira iniciativa que oferecemos aos filhos, visando o futuro dos mesmos numa sociedade altamente competitiva. Eles terão os mesmos desafios que tivemos e ter pleno êxito nesse contexto não é nada fácil. Mesmo com aqueles que mantemos um relacionamento diário em nosso lar, não raro, as afinidades com os amigos consolidam-se muito mais a ponto de chamarmos aqueles de irmãos...

Obtendo experiências no âmbito do relacionamento social, acumulamos várias impressões e podemos até nos sentir no direito de julgar pessoas, quando em realidade devemos buscar compreendê-las aceitando as suas preferências. Esse convívio constante oportuniza-nos crescimento e, se soubermos, poderemos colher bons frutos daquilo que coincide ou não com a nossa forma de pensar e de agir tendo assim, chance de nos modificar para melhor.

A escola da vida é tudo isso, onde os sentimentos opostos permitem que nos situemos no lugar daqueles com os quais convivemos para deduzirmos como iríamos atuar naquelas situações. Enfim, o palco da vida tem inúmeros cenários e nós fazemos parte do espetáculo como atores ou espectadores. Esse processo mesmo sendo difícil conduz-nos para o crescimento sociocultural e espiritual, favorecendo a nossa evolução interior.