quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Convivendo com as diferenças


 



Publicação: Opinião do Diário de Pernambuco 14.08.2014
 
Um dos grandes desafios que todos nós temos é aceitar as diferentes opiniões do nosso próximo. Ainda na infância iniciamos o convívio escolar, quando conhecemos inúmeros colegas que poderão ser no futuro nossos amigos. Daí por diante os contatos vão se multiplicando e a essa altura já estamos diante de um ciclo social bem maior.

Ao longo dos anos, essas afinidades vão se acumulando e para muitos chega o momento do matrimônio, em que o convívio diário torna-se, talvez, o maior desafio a ser superado já que as intenções e ações doravante deverão ser compartilhadas. Nossa individualidade sofre alterações e precisamos ter discernimento e renúncia para irmos adiante. Nessa caminhada chegam os filhos ampliando-se o circulo familiar. Surgem novos desafios em um contexto muito mais complexo, onde as diferenças se multiplicam.

A educação é a primeira iniciativa que oferecemos aos filhos, visando o futuro dos mesmos numa sociedade altamente competitiva. Eles terão os mesmos desafios que tivemos e ter pleno êxito nesse contexto não é nada fácil. Mesmo com aqueles que mantemos um relacionamento diário em nosso lar, não raro, as afinidades com os amigos consolidam-se muito mais a ponto de chamarmos aqueles de irmãos...

Obtendo experiências no âmbito do relacionamento social, acumulamos várias impressões e podemos até nos sentir no direito de julgar pessoas, quando em realidade devemos buscar compreendê-las aceitando as suas preferências. Esse convívio constante oportuniza-nos crescimento e, se soubermos, poderemos colher bons frutos daquilo que coincide ou não com a nossa forma de pensar e de agir tendo assim, chance de nos modificar para melhor.

A escola da vida é tudo isso, onde os sentimentos opostos permitem que nos situemos no lugar daqueles com os quais convivemos para deduzirmos como iríamos atuar naquelas situações. Enfim, o palco da vida tem inúmeros cenários e nós fazemos parte do espetáculo como atores ou espectadores. Esse processo mesmo sendo difícil conduz-nos para o crescimento sociocultural e espiritual, favorecendo a nossa evolução interior.

 
 

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