Publicado no Jornal do Commércio 
Coluna Caminhos da Fé - 12.12.2016
O mundo vive por esses 
tempos um problema que envolve a todos: a microcefalia. Trata-se de uma má 
formação congênita que assusta e apavora os pais que estarão submetidos a essa 
prova. É inconteste esse drama hora vivenciado em todo o mundo. 
De um lado, conviver com 
um filho acometido de uma má formação que exige estudos profundos sem ainda 
vislumbramos uma vacina - por sua complexidade -, ja se constitui em um 
problema. 
O grau de dificuldade em 
lidar com essa enfermidade justifica sua denominação: Síndrome Congênita do 
Vírus Zika,. O drama se aprofunda ainda mais, quando não existe um modelo 
assistencial específico para esse enfrentamento, aliado às precárias condições 
da saúde pública em nosso país. Esse é o lado físico do problema. 
Porém existe algo muito 
sério de cunho religioso e moral a ser refletido! O verdadeiro cristão que 
admite que a Divindade nada realiza de forma imperfeita, jamais deverá pensar em 
ceifar uma vida indefesa, e mesmo que a vítima pudesse ter o direito de se 
defender, esse ato é inconcebível.
Fala-se ser  “direito da 
mulher” cuidar e fazer o que lhe aprouver no seu corpo. Contudo no ato do aborto 
ela não lida somente com o seu corpo. Ela destrói uma vida sobre a qual tem uma 
imensa responsabilidade, impedindo que aquele Espírito venha cumprir a missão 
acordada com a Espiritualidade Superior.
Quando 
temos nos sagrados mandamentos “não matarás”, não há exceção nessa Lei Divina. 
Ela é imutável, pois Deus é sabedoria suprema e rege todas as leis da natureza 
sem equívocos... O ato de matar um ser independe se é por 
conta do “corpo da mulher”, mas implica tão somente em transgredir a Lei Divina 
de forma cruel e inadmissível. 
Aquele ser que está por 
nascer poderá servir como uma prova para os pais ou uma expiação 
nessa nova existência. Ao interromper essa vida estará a mulher tolhendo o 
“direito” que Deus concedeu ao Espírito que deseja cumprir a sua tarefa no Orbe. 
O que garante a mulher 
essa prerrogativa de impedir o curso de uma vida que somente Deus tem o  direito de tirar? Ela tem o livre arbítrio 
para os seus atos e reportando-nos a lei da causa e efeito, essa atitude não 
ficará no esquecimento da Lei Divina.
No Evangelho Segundo o 
Espiritismo, Cap.IV, Item 5, temos a palavra de Jesus: ”(...) Em verdade, em 
verdade, digo-te: Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de 
novo.” É necessário que as mães e os pais tomem consciência da 
responsabilidade que assumem quando da geração de um ser... Teremos ainda a 
cobrança dos nossos atos quando à luz das nossas consciências cintilarem como 
sinal de alerta, na oportunidade em que ficarmos lúcidos quanto aos nossos 
passados. Alem disso, as leis humanas também serão acionadas para que seja feita 
justiça pelo crime cometido. 
Assim vemos que o ato intencional de tirar uma vida é por si só 
motivo de remorso e sofrimento, e ainda, por ser interrompida uma missão do 
indefeso estará, também a autora adquirindo problemas futuros quanto a obsessão 
que sofrera por aquele a quem prejudicou. Em Mc 10:14-15, Jesus disse “ (...) Deixai vir a mim os 
pequeninos. Não os impeçais, pois deles é o Reino de 
Deus”.”Com toda a certeza 
vos asseguro: aquele que não receber o Reino de Deus como uma criança, jamais 
terá acesso a ele”.(Grifo nosso). 
Essas afirmativas do Mestre nos exortam a respeitar primeiramente 
a Lei divina no seu 5º Mandamento. 
Estando o Planeta 
Terra em vias de transição para Planeta de Regeneração, a culpa de quem assim 
procede aumentará substancialmente, visto que poderá estar impedindo a última 
oportunidade daquele irmão encarnar nesse Planeta. Imaginemos o quanto será 
cobrada aquela que assim proceder?
 Luiz Guimarães Gomes de 
Sá
Trabalhador do Centro 
Espírita Caminhando Para Jesus

 
 


