domingo, 19 de janeiro de 2020

Autoconhecimento




Publicado no Jornal do Commércio
Caminhos da Fé 19.01.2020


No Livro dos Espíritos, questão 919, consta: Qual o meio prático mais eficaz para se melhorar nesta vida e resistir ao arrastamento do mal? - Um sábio da Antiguidade vos disse: Conhece-te a ti mesmo.

Ao nos propormos a modificar hábitos e nos libertarmos das imperfeições, tenhamos em mente  o árduo trabalho de “reforma íntima” a ser realizada. Veremos que se trata de uma ação  transformadora por despertar nossas consciências.

Essa iniciativa deve ter ênfase maior na maneira como trabalharmos nossas emoções e sentimentos, que servirão de apoio para promovermos as mudanças pretendidas.

Deveremos direcionar esse processo por “etapas”, sem açodamento nem tampouco cobranças. A paciência deve estar sempre presente nessas ações que serão cristalizadas no devido tempo.  

Se observarmos atentamente esse caminhar, iremos descobrir o quanto estaremos melhorando intimamente e no ambiente em que vivemos. São degraus de harmonia interior onde a Luz  permanecerá sempre adiante na lapidação das nossas imperfeições.

Durante esse percurso, aqueles fardos pesados que nos afligiam, irão sendo substituídos por outros cuja leveza nos confortará, fortalecendo nossa perseverança na aspiração da melhora colimada. Observemos que essa trajetória aos poucos vai se constituindo na “construção do novo eu”, como consequência das mudanças que realizarmos no recôndito de nossas consciências.

Esse autoconhecimento removerá aquela estrutura íntima arcaica e incompatível para seguirmos os ensinamentos de Jesus, através do seu Santo Evangelho. Esse novo horizonte trará perspectivas de vida bem diferentes daquelas em que peregrinamos até então, ensejando o crescimento espiritual que buscamos.

Essa atitude descortinará uma nova visão que nos levará invariavelmente a valorizar o Espírito na sua essência de inteligência e imortalidade, ao tempo em que estaremos sedimentando os nossos propósitos de evolução.

Seguindo os fundamentos morais do Cristo, estaremos nos credenciando às palavras do Mestre, conforme temos em Mateus 5:16: “Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus”.

Luiz Guimarães Gomes de Sá
Trabalha no Centro Espírita Caminhando Para Jesus
www.cecpj.org.br

Renovação espiritual


Publicado no Jornal do Commércio
Caminhos da Fé 29.12.2019


No alvorecer de um novo ano, as Esperanças se redobram para que tenhamos saúde, paz e prosperidade. Nesse contexto em que os corações ainda palpitam os eflúvios do Natal, todos nós buscamos conquistas ainda não alcançadas no plano material. Parece-nos ser essa a nossa rotina.

As festividades de final de ano são repletas de presentes, mesas fartas e muita alegria. Contudo como a vida corpórea é efêmera precisamos valorizar com muito mais ênfase a vida do Espírito que é o que permanece após o desencarne. É nele que se encontra nossa “consciência” e dela jamais se desvinculará.

Pensemos nisso! Ano novo, ano de renovação! Renovação Espiritual! Renovar é recriar, alterar, substituir. As vestimentas já o foram desde o Natal, mas e o nosso interior? Procuremos desde já essa renovação que será a melhor tarefa que poderemos realizar. É esse o caminho que nos conduzirá a Jesus pelo seu exemplo, conforme temos em João 14:6: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”.

No Livro Mais Luz, Capítulo Fraternidade, psicografia de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Batuíra, encontramos: (...) Fomos, sim, chamados a entender e servir e, por isso mesmo, urge permanecer no posto do trabalho e da bênção, amparando os outros em nome d`Aquele cujas mãos não cessam de guardar-nos o coração e iluminar-nos o raciocínio, hoje como ontem, agora quanto sempre."

Esse deve ser o nosso objetivo precípuo. Perscrutar o nosso íntimo e interrogar como está nossa vida como seres humanos e cristãos. O que fizemos de bom no ano que finda? O que deixamos de realizar por omissão ou descompromisso com os nossos semelhantes?

Observemos os que nos rodeiam e o que necessitam. Façamos desabrochar o sentimento de caridade não porque bateram à nossa porta, mas por alcançarmos no dia a dia a dor e o sofrimento de tantos que ignoramos. Esforcemo-nos para sair da “zona de conforto” e busquemos as dificuldades alheias levando o necessário alento.

Essa é a renovação que mais precisamos realizar. Aqueloutras materiais fazem parte da rotina e infelizmente é a que priorizamos. Lembremo-nos sempre de que nada temos; tudo nos foi emprestado pelo Criador. Tanto é verdade que a qualquer momento tudo poderemos perder...

O sentimento de fraternidade natalina precisa romper os dias de dezembro. O nosso convívio como irmãos, filho de um único Pai, continua além-túmulo, pois pertencemos à Família de Deus.

No Livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo XIV, item 8, temos: “(...) Não são os da consanguinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de ideias, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações”.

Sendo participantes da Família Universal, procuremos vivenciar a fraternidade de forma incondicional para com todos os nossos irmãos, já que esses vínculos são indeléveis impondo-se, ainda essa conduta para a nossa evolução moral.

Encontramos no mesmo Livro, Capítulo IV, item 18: “Os laços de família não sofrem destruição alguma com a reencarnação, como o pensam certas pessoas. Ao contrário, tornam-se mais fortalecidos e apertados. O princípio oposto, sim, os destrói”.

Referimo-nos, também ao Livro O Despertar do Espírito, Capítulo Relacionamentos Sociais, psicografia de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis, pg. 67: “(...) Nessa busca saudável de comunhão com os semelhantes, a alegria se irradia em forma de otimismo e esperança que são fundamentais a existência equilibrada”.

Luiz Guimarães Gomes de Sá
Trabalha no Centro Espírita Caminhando Para Jesus
www.cecpj.org.br