Publicado no Jornal do
Commércio
Caminhos da Fé 29.12.2019
No alvorecer de um novo ano, as Esperanças se redobram para que
tenhamos saúde, paz e prosperidade. Nesse contexto em que os corações ainda
palpitam os eflúvios do Natal, todos nós buscamos conquistas ainda não
alcançadas no plano material. Parece-nos ser essa a nossa rotina.
As festividades de final de ano são repletas de presentes, mesas fartas
e muita alegria. Contudo como a vida corpórea é efêmera precisamos valorizar
com muito mais ênfase a vida do Espírito que é o que permanece após o
desencarne. É nele que se encontra nossa “consciência”
e dela jamais se desvinculará.
Pensemos nisso! Ano novo, ano de renovação! Renovação Espiritual!
Renovar é recriar, alterar, substituir. As vestimentas já o foram desde o
Natal, mas e o nosso interior? Procuremos desde já essa renovação que será a
melhor tarefa que poderemos realizar. É esse o caminho que nos conduzirá a
Jesus pelo seu exemplo, conforme temos em João 14:6: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por
mim”.
No Livro Mais Luz, Capítulo Fraternidade, psicografia de Francisco
Cândido Xavier, pelo Espírito Batuíra, encontramos: (...) Fomos, sim, chamados a entender e servir e, por isso mesmo, urge
permanecer no posto do trabalho e da bênção, amparando os outros em nome
d`Aquele cujas mãos não cessam de guardar-nos o coração e iluminar-nos o
raciocínio, hoje como ontem, agora quanto sempre."
Esse deve ser o nosso objetivo precípuo. Perscrutar o nosso íntimo e
interrogar como está nossa vida como seres humanos e cristãos. O que fizemos de
bom no ano que finda? O que deixamos de realizar por omissão ou descompromisso
com os nossos semelhantes?
Observemos os que nos rodeiam e o que necessitam. Façamos desabrochar o
sentimento de caridade não porque bateram à nossa porta, mas por alcançarmos no
dia a dia a dor e o sofrimento de tantos que ignoramos. Esforcemo-nos para sair
da “zona de conforto” e busquemos as dificuldades alheias levando o necessário
alento.
Essa é a renovação que mais precisamos realizar. Aqueloutras materiais
fazem parte da rotina e infelizmente é a que priorizamos. Lembremo-nos sempre
de que nada temos; tudo nos foi emprestado pelo Criador. Tanto é verdade que a
qualquer momento tudo poderemos perder...
O sentimento de fraternidade natalina precisa romper os dias de
dezembro. O nosso convívio como irmãos, filho de um único Pai, continua
além-túmulo, pois pertencemos à Família
de Deus.
No Livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo XIV, item 8,
temos: “(...) Não são os da consanguinidade os verdadeiros laços de família e
sim os da simpatia e da comunhão de ideias, os quais prendem os Espíritos antes,
durante e depois de suas
encarnações”.
Sendo participantes da Família
Universal, procuremos vivenciar a
fraternidade de forma incondicional para com todos os nossos irmãos, já que
esses vínculos são indeléveis impondo-se, ainda essa conduta para a nossa
evolução moral.
Encontramos no mesmo Livro, Capítulo IV, item 18: “Os laços de família não sofrem destruição alguma com a reencarnação,
como o pensam certas pessoas. Ao contrário, tornam-se mais fortalecidos e
apertados. O princípio oposto, sim, os destrói”.
Referimo-nos, também ao Livro O Despertar do Espírito, Capítulo
Relacionamentos Sociais, psicografia de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito
Joanna de Ângelis, pg. 67: “(...) Nessa
busca saudável de comunhão com os semelhantes, a alegria se irradia em forma de
otimismo e esperança que são fundamentais a existência equilibrada”.
Luiz Guimarães Gomes de Sá
Trabalha no Centro Espírita
Caminhando Para Jesus
www.cecpj.org.br
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