quinta-feira, 17 de setembro de 2009

V I S Ã O

Visão,
Esconde a realidade
No sonho da
menina
Dos olhos
tão brilhantes
Querendo amar de novo...

Visão,
Ausência que nos falta
De ter felicidade
Miopia da lembrança
Do tempo esquecido...

Visão,
Atormentando a vida
Tão curta, tão pequena
Que avança a olhos vistos
Na idade que se alonga...

Visão,
Do sonho não vivido
Dos olhos ressequidos
Ressurge a esperança
Um dia nos
veremos...

Visão,
Tão largo horizonte
De claridade intensa
Ofusca o firmamento
Os homens tão omissos.

Visão,
Mesquinha, torpe, inútil
Não as grandes causas
Do povo tão sofrido
Nem tudo está perdido...

Visão,
Do futurista
cego
Aguarda novos dias
Trazendo a força viva
Verdade que não tarda...


12 06 06

M S T - MOVIMENTO SEM TRÉGUA

Independentemente de adesão ou simpatia político-partidária, as ações do MST, - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, que prefiro chamar de " Movimento Sem Trégua " , ultrapassou o limite do suportável.

Não entro no mérito da reforma agrária, que mesmo sendo uma necessidade, não justifica as atitudes desse movimento desregrado e desprovido de coerência, pelo que praticam em todos os recantos do país.

Inconcebível sob todos os aspetos, suas ações afrontam o regime democrático que vivemos. Para eles, tudo e possível à luz de suas concepções grotescas e descabidas, onde pela força, atingem a sociedade, impedindo nosso direito de ir e vir, previsto na Constituição vigente.
infelizmente, nossa Carta Magna é tão desrespeitada, inclusive, pelos governos que se sucedem, que já virou um mero bilhete que ninguém dá valor, o que é lamentável.

A começar pelos nossos direitos ali previstos, porém negados, temos como exemplo: a educação, segurança, saúde, para não ir muito longe... Ao bloquearem a BR 232, mês passado, entre tantas outras ações descabidas, com foices e facões - instrumentos de trabalho, porém, não estavam no pleno exercício laboral e sim, portando arma ilegalmente -, eles agrediram motoristas além de praticaram outros atos de violência, colidindo frontalmente com tudo que a legislação prevê como transgressão passível de punição.

Assim, inúmeros veículos ficaram impedidos de continuar seus trajetos, dificultando a vida de muitos que afinal, não vão de encontro às suas reivindicações. O pior de tudo isso, é que atos da espécie afrontam as leis vigentes, mas, a policia fica assistindo passivamente, como se não fosse dever e obrigação coibir esses excessos que se sucedem no dia-a-dia do país.

Imaginemos, se todos os trabalhares em seus atos reivindicatórios adotassem esse expediente? Como ficaria a Nação diante desses fatos? Se eles possuem essa “legitimidade”, os demais trabalhadores poderão admitir que também gozam desse mesmo “direito”.

Não é sem motivo, que em recente pesquisa, o MST apresenta uma rejeição da expressiva maioria da população brasileira (75,4%), segundo dados divulgados pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT).

Um movimento que poderia ater-se ao aspecto puramente social, com reivindicações coerentes e justas, torna-se um entrave na vida dos brasileiros, ficando as autoridades constituídas de braços cruzados, sem preocupar-se com a maioria do povo que sofre a ação desses vândalos.

Enfim, eles transgridem as leis, ameaçam, agridem, desrespeitam a todos, deitam e rolam, como se estivessem agindo à luz de seus “plenos direitos”, sem respeitar o dos outros.

Assim, a sociedade fica a mercê da boa vontade deles, - que liberam as vias no momento que lhes convém -, sem, contudo, contar com o efetivo apoio das policias e demais poderes constituídos, que têm o dever de manter a ordem e o cumprimento da Constituição, a fim de garantir nossa cidadania.

26 05 2006


S O L I D Ã O


Solidão,
no vazio da noite
Esquecida está,
Da lembrança de alguém
Fingindo não crer,
Na ausência presente...

Solidão,
tem começo
Parecendo sem fim,
Perdida no espaço
Sem destino vagando,
Sentimento maior
Do amor não sentido,
Na vida que passa.

Solidão,
Solitária está
vivendo sozinha,
o passar dos minutos
dos ponteiros que giram,
no relógio incansável
que busca seu tempo.

Solidão,
existência sofrida,
por que vives tão só?
se não tens companhia,
não fizestes por onde
conviver com alguém...



03 03 2006




S O N H O

Por que acordei?
O sonho se foi,
levou a beleza
tristeza ficou...

Lamento profundo,
pois, tudo acabou,
o sonho vivido
a noite findou...

Marcadas lembranças
da tua imagem
sorriso de (en)canto,
re(canto) do amor.

Saudade que pede
rever teu semblante
no sonho que espero
viver outra vez...

T R A V E S S E I R O

Pequeno adorno
Das nossas camas,
Descansa o corpo
Da vida insana.
Repousa a mente
Que esta cansada.

Ajusta bem
Coluna enferma,
Lugar também,
De pesadelos
Noites tao longas
Melhor não ter...

Recomendado
Pelos que sabem,
Quanto mais leve
Maior conforto,
Pra exaustão
Dos nossos dias.

Lugar seguro
Pra refletir,
Os nossos atos
Que nos condenam,
A consciência
Esta pesada...


06 05 2006

N O I T E


Noite,
Vazia de trevas, ruídos,
festiva alegre e de luz
que inspira o poeta que ama,
infame do crime hediondo
maldita ecoa estampido,
sombria, taxista se foi...

Noite,
tranqüila serena e de sonhos,
de insônia pesadelo e dor
que o corpo só pede descanso,
feliz de amores vividos.

Noite,
dos pobres que estão ao relento,
saudosa do amor que partiu
chuvosa de frio e trovões,
vazia prá nada serviu...

Noite,
daqueles que lutam, trabalham,
dos que salvam vidas enfermas,
de festa de amor proibido,
de lua, serestas, en(cantos).

Noite,
dos planos urdidos, maldosos,
maldita dos demônios soltos
de luzes das festas juninas,
feliz o natal já chegou.

Noite,
dos crimes perversos, impunes,
tão longa daqueles que julgam
de tantos que querem viver,
sem rumo a justiça falhou...

Noite,
bandida rumores infames,
de injúria que a muitos feriu
de luz, o remorso chegou,
que finda, seu tempo acabou.