quinta-feira, 8 de outubro de 2009

UM PAÍS EMERGENTE

UM PAÍS EMERGENTE

Publicado no Diário de Pernambuco 08.10.2009

Como um país emergente, o Brasil vem sendo respeitado no contexto das nações, tendo alguns bons exemplos a dar do ponto de vista econômico e tecnológico.

Diante de uma crise intensa que afeta todo o mundo e decorridos vários meses de verdadeiro caos para muitos países, pelo que vemos estamos atravessando esse mar bravio sem grandes conseqüências, nada obstante o nível de desemprego que temos, mas que já está inserido no nosso dia-a-dia.

Um dos exemplos para o mundo é a nossa tecnologia no campo energético, onde o álcool figura como um combustível alternativo viável, dentre outros progressos até então alcançados.

Porém, mesmo com esses fatos auspiciosos que engrandece a nação,, inclusive, em outros campos, ainda pecamos fortemente como um Estado que apresenta inquestionável falência em seus diversos segmentos, desvirtuando os preceitos da nossa Carta Magna.

Se buscarmos esses pontos cruciais que afetam profundamente a nossa sociedade, encontraremos graves e crônicas deficiências na educação, na saúde pública, no transporte, na conservação das estradas, e o caos total na segurança pública.

Nessa ultimo, fica evidente que saímos de casa, mas não sabemos se retornaremos vivos, ou mesmo ficando em casa, se nosso direito de viver está assegurado...

A ousadia dos meliantes não tem limites. Nem as delegacias, nem os quartéis estão imunes a ação dos marginais, que estão sempre mais preparados do que as instituições que devem zelar pelos cidadãos brasileiros.

Defendemos nossa soberania perante as nações, mas não a temos dentro do nosso próprio território. Basta atentarmos para as manchetes dos jornais, os noticiários das rádios e televisões, que mostram cenas degradantes, verdadeiro banho de sangue que macula a imagem do nosso país lá fora.

Há muito tempo que se diz ser o Brasil um país do futuro, mas esse futuro não chega e vivemos um presente que será uma péssima referencia histórica no verdadeiro futuro que não alcançaremos.

O nefasto exemplo que os políticos dão ao se digladiarem nos plenários na busca de seus interesses e obviamente, do poder, mostram que nossa soberania interna não existe, simplesmente agoniza.

Jamais assistimos debates ferrenhos quando o interesse é social, diferentemente do que deveria ser, visto que, eles são os representantes do povo e seus esforços deveriam convergir única e exclusivamente para as causas sociais, que não são poucas...

As pautas são obstruídas quando há conflitos de interesses. As medidas provisórias tornam-se, pela freqüência, atos permanentes onde o executivo assume a função do legislativo, que por sua vez, não adota a postura de autonomia e altivez no cenário político brasileiro.

Lamentavelmente, esse quadro perpetua-se tal qual o cenário de um picadeiro triste e decadente, onde o espetáculo é a insensatez e descompromisso social desses homens públicos,

Por conta de tudo isso, é plenamente justificável a falta de crença do povo brasileiro pela classe política, que em momento algum busca modificar seus atos como representante do povo.

Obviamente, não poderíamos esperar outro resultado, senão o momento que vivemos, amarguramos e sobrevivemos, na esperança de que não retarde mais o dia em que possamos respirar aliviados e livres de tanta omissão, corrupção e falta de sensibilidade daqueles que estão no poder.


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