domingo, 11 de abril de 2010

CREDIBILIDADE DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS

Publicado em Opiniao, do Diário de Pernambuco
16 04 2010


Ao longo de décadas, a decadência das instituições públicas é gritante, levando ao total descrédito da sociedade pela ineficiência dos serviços prestados, por conta das fraudes, má gestão e conseqüente falta de efetividade naquilo que se propõem a realizar.

Considerando os diversos fatores que envolvem uma administração, é preciso equacionar essas variáveis em suas dimensões e dificuldades, e essa visão deve propiciar um estudo amplo para as ações de planejamento a curto, médio e longo prazo.

Se isso já é feito, falta avaliação, controle e cobrança de resultados, pois, na prática a ineficiência de um modo geral, existe em todos os serviços fazendo parte do dia-a-dia do sofrido contribuinte.

Não raro, a imprensa noticia que grandes lotes de medicamentos estão vencidos pela não distribuição, ou seja, falta uma ação de ordem administrativa, não se constituindo em escassez de recursos e sim de gestão. Esse é um dos inúmeros exemplos que poderíamos citar.

Em contrapartida, é comum observarmos na mídia uma propaganda massificada, aliás,totalmente enganosa, onde procuram mostra serviços que a rigor não foram efetuados com a plenitude e qualidade esperada e devida.

Esses fatos corroboram que o problema dos serviços públicos de um modo geral não é falta de recursos em sua totalidade e sim, ausência de uma gestão qualificada e compromissada, pois, os apadrinhamentos políticos se sobrepõem a capacidade funcional do servidor gerando esse processo crônico de péssimos serviços.

Destacamos, contudo, exceções nesse contexto: a Policia Federal e Receita Federal. Entendemos que esses Órgãos são eficazes, inobstante equívocos, erros ou mesmo injustiças que possam existir.

Analisando as ações decorrentes de um planejamento prévio e meticuloso, percebemos que os resultados existem a nível satisfatório ou mesmo de excelência que na maioria dos casos são atingidos.

Ora, a inteligência existe no lado dos desonestos e também dos honestos. Por que, então, a prosperidade somente ocorre naqueles? Por que o crime é chamado de organizado? A resposta é simples: porque dá resultado...

As fraudes e as improbidades administrativas ocorrem com freqüência em todos os setores da sociedade. Então, por que não realizar um planejamento consciente e consistente com a realidade atual, limitando ao máximo essas ações nefastas?

A alternância de poder gerencial nas empresas privados não prejudica as metas e objetivos das mesmas, porém, na esfera pública, ocorre o contrário. Não há uma continuidade em diversos aspectos, daí o resultado caótico dos serviços.

Juntando-se a tudo isso temos, ainda, a burocracia que emperra todo processo, inclusive, as licitações que são necessárias, mas não são ágeis

Ações coordenadas envolvendo vários setores como, auditoria interna e externa, fiscalização presente e atuante, são medidas coadjuvantes para que essas ocorrências diminuam e os fraudadores fiquem intimidados para não mais fazê-las.

Um potencial que poderá ser amplamente explorado é a efetiva participação dos servidores, onde suas opiniões e sugestões poderão ser validadas, já que diariamente, lidam com os problemas em seus setores de trabalho.

Assim, a excelência da gestão pública é a nosso ver, a solução para os inúmeros problemas que temos nesse particular, onde a economia e bons serviços podem ser plenamente alcançados.

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