sábado, 27 de agosto de 2011

FLANELINHAS E OUTROS INCONVENIENTES



No dia 24 e 25 de agosto, o Diario de Pernambuco veiculou matéria abordando a prisão de um flanelinha por ter extorquido um cidadão no Bairro do Recife. Contudo, essa prática ocorre em todas as artérias da cidade. Se a polícia quiser não terá dificuldade para flagrar esses atos criminosos. Trata-se de uma prática ostensiva e ilegal onde nenhum condutor de veículo está imune. A polícia presencia esse absurdo, mas, enquanto não houver um ato de violência e que venha mesmo a causar alguma morte, nada faz para coibir esse ilícito.

Quem ainda não passou no mínimo por um constrangimento diante desses “donos da rua” que arbitram o valor a ser pago como se fossem proprietários do espaço pelo qual pagamos impostos, chegando a 1000% a depender do porte do veículo e mesmo da ocasião?

Essa prática não fica a dever ao crime organizado que domina o país de norte a sul. E onde está o poder público para defender o cidadão de bem? Independente do ato extorsivo e criminoso, qual o orçamento familiar que aguenta em cada esquina uma cobrança indevida, descabida e arbitrária por um “serviço” que não pedimos nem autorizamos? Mesmo sendo ilegal, há alguns anos, a prefeitura cadastrou vários deles no Bairro do Recife, legitimando-os para cobrar “mais um imposto” que não deságua nos cofres da municipalidade nem tampouco sofrem cobranças de taxas ou algo assemelhado.

Ora, se querem que isso seja um “trabalho” oficializado que tal cobrar INSS, ISS, e quem sabe até Imposto de Renda, pois, organizados como são podem estar auferindo grandes lucros, e ainda, que possamos abater nos nossos exorbitantes impostos cobrados... Por outro lado, por que prender um único flanelinha quando a prática de extorsão é crime e ocorre abertamente nos quatro cantos da cidade? Será que ele é o único criminoso do pedaço?

Achando pouco, a delegada Silvana Léllys anuncia a realização de mais um cadastro, pois, já existe um para aquele bairro. Assim, estaremos legitimando mais uma vez aquilo que é ilegítimo e ilegal... O que mais poderemos esperar do estado? Qual a autoridade que um flanelinha tem para guardar um automóvel? Se um marginal quiser roubar ou danificar o veículo que atitude ele poderá adotar sem portar uma arma e sem treinamento algum?

Outra praga que nos assola são os “vigilantes das ruas” que sem nenhuma qualificação ou prerrogativa se arvoram de donos das ruas para extorquir da mesma maneira os cidadãos de bem, faço questão de repetir – de bem. Nesses casos, não pedimos nenhum “serviço” e eles assumem o lugar da policia...

É possível que futuramente venham questionar seus “direitos trabalhistas” e continuaremos eternamente reféns e vitimas de um estado totalmente falido, onde a policia não assume o seu papel de garantir o direito de ir e vir dos cidadãos deixando nossa Carta Magna como um simples papel ultrapassado tal qual um entulho de estante...

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