Ilusoriamente pensamos que nossas contendas
estão restritas aos acontecimentos do dia a dia. Esquecemo-nos de que mergulhar
em nosso interior é o caminho para encontrarmos o reduto dos conflitos e
angústias que nos fustigam. Perscrutar esse
espaço desconhecido é tarefa compensadora, já que encontraremos as nossas
imperfeições oportunizando-nos mudanças
nos pensamentos e atitudes. Habitualmente
agimos automaticamente segundo os nossos arquétipos, assim definidos por Carl
Jung: “São conjuntos de imagens primordiais originadas de uma
repetição progressiva de uma mesma experiência durante muitas gerações,
armazenadas no inconsciente coletivo”.
Faz-se mister observarmos os fatos
buscando ângulos e formas diferentes, lembrando de que uma moeda tem “dois
lados” e, se analisarmos nessa ótica poderemos obter uma nova visão que nos
permitirá um entendimento que venha nos favorecer no âmbito dos sentimentos,
emoções e aprimoramento das nossas
percepções e condutas.
Vale ressaltar que tudo nasce no
“pensamento”. É nele que formatamos as ideias e como somos “energia” para a
qual não há fronteiras, o Cosmo está constantemente recebendo e emitindo fluxos
energéticos idênticos àqueles que produzimos em nosso
campo mental. No Livro Mecanismos da Mediunidade pg.41, psicografia de
Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, temos: “(...) Compreendemos, assim
perfeitamente, que a matéria mental é o instrumento sutil da vontade, atuando
nas formações da matéria física, gerando as motivações de prazer ou desgosto,
alegria ou dor, otimismo ou desespero, que não se reduzem efetivamente a
abstrações, por representarem turbilhões de forças em que a alma cria os seus
próprios estados de mentação indutiva (...)”.
Nas reencarnações que vivenciamos vamos
acumulando experiências salutares ou não. O Espírito nunca para o seu processo
evolutivo, conforme temos na pergunta 166
do Livro dos Espíritos: ”A alma que não atingiu a perfeição durante a
vida corpórea como acaba de depurar-se”? R- Submetendo-se à prova de uma nova existência.
Os tropeços e recaídas fazem parte da
caminhada sendo importante a continuidade da luta, onde o soerguimento é sinal
de que não esmorecemos diante dos percalços que nos assolam. Perseverança e Fé
são os pilares que devem nortear a busca da nossa melhora. A vitória sem luta não tem mérito, pois o seu valor é proporcional
ao esforço empreendido.
Lembremo-nos de que apesar de se tratar
de tarefa pessoal, “estamos sempre assistidos” pelos nossos Anjos Guardiães. O
nível elevado dos nossos propósitos servirá para atrair os irmãos com
sentimentos nobres que nos trarão intuições para as reflexões necessárias nesse
labor diuturno. Busquemos, pois cultivar pensamentos que sejam bons e que
sirvam não somente para nós. Se assim procedermos já estaremos minimizando o
“egoísmo”, maior chaga que se encontra atrelada a todos nós. (A perseverança é o caminho do êxito).
Luiz Guimarães Gomes de Sá
Trabalha no Centro Espírita Caminhando
Para Jesus
Rua Dr. Machado, 168 Campo Grande –
Recife(PE)
www.cecpj.org.br
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