quarta-feira, 2 de setembro de 2009

NOSSOS PODERES CONSTITUÍDOS: qual a diferença entre eles?

Publicado no Diário de Pernambuco
05 05 2009

Certamente o tema é muito discutível pela abrangência que tem. Mas, se nos debruçarmos na história, veremos que não é tão difícil chegar a uma conclusão lógica. Por questão de justiça e bom senso, não queremos generalizar e caracterizar como sendo único o perfil dos mesmos.

Contudo, ao longo dos anos os fatos se repetem como que num ciclo interminável deixando-nos perplexos, mas, admitindo, algumas exceções. As manchetes dos jornais, bem como os noticiários das rádios e televisões refletem o caos em que vivemos sendo uma constante fatos que denigrem esses poderes.

Nesse contexto, afloram a cada dia os escândalos que já se constituem numa rotina da vida nacional, envolvendo uma expressiva camada daqueles que elegemos esperando que viessem a cumprir as inúmeras promessas de campanha.

Totalmente dependente da classe política, o povo tem viva a esperança de mudanças em suas atitudes, a fim de lograr dias melhores em suas vidas.Na prática o prometido é totalmente esquecido, sendo tão somente lembradas as iniciativas de interesse pessoal que se sobrepõem às do povo que os aclamou.A população fica atônita sem saber mais em quem votar.

Os chamados partidos nanicos servem como verdadeiros "trampolins" para abrigar os interesses escusos de muitos deles, e se somarmos o contingente dos que ali estão, teremos um expressivo número.Valendo-se da fragilidade do nosso sistema eleitoral, os governos (sem exceção), buscam apoio naqueles partidos inexpressivos para conseguirem a tão falada governabilidade, pois, sem eles, torna-se inviável manter-se no poder.Assim, a cada ciclo eleitoral a história não muda, por conta de um sistema falho e corrompido, favorecendo tão somente a eles.

As falcatruas que se sucedem são fruto dessa insensatez, que no silêncio da noite são planejadas e postas em prática em detrimento dos reais interesses do povo.

Infelizmente, esses fatos não se restringem aos políticos, pois acontecem, também, no âmbito do judiciário e nas próprias polícias em suas diversas esferas. Esses últimos seriam o reduto final do cidadão de bem, mas esbarramos nos desmandos os mais variados, deixando clara a vulnerabilidade que temos em preservar nossos direitos que estariam garantidos em nossa Carta Magna.


Com isso, a desonestidade, a improbidade administrativa e a impunidade oportunizam novas ações nefastas, maculando o perfil desses poderes que deveria ser exemplar.Esse status quo reduz a credibilidade nacional perante as nações, e mesmo se tratando de um país emergente do ponto de vista econômico, fica a deriva no campo ético-moral perante todo o mundo.

Enfim, nenhum desses poderes busca fazer a almejada diferença, visto que, suas posturas são assemelhadas em número, gênero e grau.



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