quinta-feira, 26 de julho de 2012

Flanelinhas: o descaso continua


Publicado em Opinião, Diário de Pernambuco
27.07.2012

Inobstante as diversas denúncias feitas pela imprensa, o poder público continua inerte, anestesiado, não adotando nenhuma medida coercitiva para esse problema. Em realidade, trata=se de caso de polícia, independentemente de ações outras de ordem social.

È imperioso enfrentar o problema em sua fase aguda e não esperar por políticas públicas que se arrastam nos gabinetes dos legisladores. O importante é apagar o “incêndio” e buscar soluções outras a médio ou longo prazo.

Não é admissível que o cidadão de bem que paga exorbitantes impostos tenha que ser submetido ação delituosa dos flanelinhas que exigem pagamento por um serviço que jamais pediu. O que causa espécie é que as autoridades constituídas como sejam: polícia, vereadores, deputados e até mesmo o Ministério Público, nada façam para coibir esses atos de coação e extorsão.

Todos nós sabemos que extorsão é crime, inclusive, recentemente, houve agressão física a um cidadão que foi esfaqueado por um desses elementos. Afinal, o que a polícia espera para agir de forma proativa? Os fatos estão sobejamente comprovados e a sociedade padece sem nada poder fazer.

Caso não aceitemos a proposta dos flanelinhas, sob todos os aspectos ilegais, teremos nossos veículos danificados e ameaçada nossa integridade física. Como as autoridades ficam passivamente observando essas ocorrências optando por ficar omissas quanto às suas responsabilidades? Será preciso que venha a ocorrer alguma morte e daí por diante elas acordem e procurem cumprir com suas obrigações? Até quando ficaremos a mercê desses elementos que não pagam impostos, mas, entendem ter como direito administrar os espaços públicos?

No mesmo patamar do absurdo e da omissão, vivenciamos, também, a ação dos vigilantes das ruas. Eles assumiram o papel da polícia e “discretamente” oferecem seus serviços. E quem se atreve recusá-los? Esses fatos se assemelham as malditas milícias que agem principalmente no Rio de Janeiro e por aqui vão aportar.

È esse o drama cotidiano do brasileiro que se sente inconformado e impotente para viver sua verdadeira cidadania. É essa a nossa democracia, onde uma minoria dita normas, regras e fica impune?

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