terça-feira, 28 de agosto de 2012

DESAFIOS DA GESTÃO PÚBLICA


Publicado em Opinião do Diário de Pernambuco em 05.09.2012
 


No planejamento estratégico que deve nortear qualquer gestão, impõe-se uma série de previsões para que exista eficácia. A globalização da economia é um fator de grande interferência no bom desempenho das ações públicas, haja vista, estarmos condicionados ás oscilações da economia em outros continentes.

Especificamente no Brasil, temos uma cronicidade de defeitos que deságuam nos maus serviços públicos em suas diversas esferas, como sejam: educação, saúde, transportes, entre tantas outras.

Nas ultimas décadas, temos a segurança pública como um sério agravante. As iniciativas governamentais foram tênues e insuficientes para coibir o avanço da criminalidade. Os progressos tecnológicos favoreceram tanto às policias, quanto aos marginais. Nisso tudo, os gastos públicos que poderiam ser direcionados para setores cruciais  do desenvolvimento, são canalizados para minimizar o crime que não gosto de chamar de organizado, pois, os governos é que são desorganizados...

Além dessas dificuldades, há os interesses político-partidários que se constituem em sério entrave, pois, se sobrepõem aos interesses da sociedade. Temos, ainda, a ação da natureza onde a seca, e as inundações propiciam a redução do abastecimento com aumento nos custos dos alimentos e penaliza, também, as exportações.

Todos esses fatores devem ser criteriosamente avaliados em razão do grau de prioridade e complexidade. Obviamente, os fenômenos naturais devem ter uma importância maior quanto ao seu tratamento por serem emergenciais. Mesmo sendo imprevisíveis, os meios tecnológicos já nos dão uma boa margem de segurança na avaliação dessas ocorrências.

Para obtermos bons resultados na gestão, a capacitação técnica deve estar acima  da indicação política. A conciliação desses fatores pode ser o grande trunfo para que tenhamos uma gestão pública eficiente.
É preciso que a governabilidade seja prevista de forma racional e coerente sem prejudicar a eficiência dos serviços a serem prestados à sociedade e jamais, a interferência política ser preponderante nas ações dos governos.

Temos péssimos exemplos de má gestão, como sejam: medicamentos vencidos e mantidos nos depósitos sem serem distribuídos com a população; merendas escolares imprestáveis, também, por falta de decisão administrativa; estradas com má recuperação que em pouco tempo voltam a ser esburacadas; licitações fraudulentas, entre muitos outros desmandos.



Impõe-se, ainda, uma eficiente desburocratização. Como se não bastasse tantos obstáculos, vivenciamos uma desonestidade voraz, onde a ganância pelo dinheiro público se torna o objetivo dos que estão no poder. Certamente, este é o maior desafio que inibe o desenvolvimento nacional.









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