terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A DEMOCRACIA DIVINA
Publicado em Opinião do Diário de Pernambuco 30.12.2013

  A democracia que é o poder emanado pelo povo, vive tensões que a levam muitas vezes a suportar certas condutas inadequadas, que colidem com os princípios da convivência em sociedade. Por termos o direito de fazer o que bem entendemos, ressaltamos que, tudo é possível, mas nem tudo é licito.

Dessa forma, a democracia nos dá condições para termos uma vida livre, por ser um direito inerente ao regime político criado pelo homem. Por outro lado, temos através da bondade de Deus, também, o direito de tudo fazer por conta do livre arbítrio que nos foi dado. No primeiro caso, se infringirmos alguma lei temos a justiça dos homens para o devido julgamento.

 Obviamente, essa justiça pode ter visões diferenciadas, visto que, a análise e o entendimento daqueles que julgam podem variar tanto pelo conhecimento jurídico, como também, não raro, por conveniências que não cabe aqui abordar, mas que, sabidamente, existem...

  É comum ouvirmos alguém dizer: “... só me resta agora a Justiça Divina”! Isso ocorre quando muitas vezes não somos compreendidos pelos que julgam e só temos como consolo a Divindade que é justa e imutável em suas leis.

No Juízo Superior o fenômeno “causa e efeito” ocorrerá e se fará presente forçosamente, a depender dos desígnios de Deus, que cumpre fielmente a lei, não cabendo ingerência de terceiros, políticas ou de qualquer outra ordem. É aplicada segundo os nossos méritos que por sua vez, são consequências dos nossos atos. Seria como um espelho que reflete a imagem que fazemos, e jamais, nos mostrará algo diferente daquilo que apresentamos.

  Nesse livre arbítrio que eu chamaria Democracia Divina, as regras são claras e bem definidas. Não há emendas, protocolos, nem postergações nos seus cumprimentos. Nenhum de nós estará livre desse ajuste de contas, cujos débitos são exclusivamente nossos, Como, então, minimizarmos esse saldo devedor? Tudo dependerá de cada um de nós, Devemos refletir sobre nossos atos, ações e omissões.

O fato de não fazermos mal algum aos nossos semelhantes é um bom princípio, contudo nada fazer por eles é uma omissão. Não devemos esperar que nos solicitem ajuda e sim, procuremos alcançar suas necessidades e de alguma forma mitigá-las. Esse será o caminho para que nosso saldo se torne menos pesado perante esse Juízo que é incondicional, não dependendo de raça, credo ou qualquer outra discriminação. Nele não há cotas...

Assim, devemos nos fortalecer para esse encontro fazendo profunda reflexão e uma reforma intima que não é imediata, e sim, progressiva. Serão esses os primeiros passos para atingirmos o objetivo do Criador: nossa evolução.

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