terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A INQUIETUDE HUMANA

Publicação:  Diário de Pernambuco 25/02/2014



Ao nascer iniciamos o nosso processo de inquietude ao emitirmos o primeiro choro. Seria um grito de revolta? Viemos de um ambiente onde tudo nos era fornecido sem precisarmos reivindicar nada. Aí começa uma nova vida terrena com a ausência do ventre materno que nos acolhia tão bem...

Caminhamos aos poucos e passamos pela infância ocasião em que tudo é sonho em busca do novo, do inédito. Nessa fase já questionamos o que queremos, pois choramos para sermos atendidos.

O tempo passa e de repente estamos na adolescência. Rapidamente tornamo-nos adultos com novos sonhos e desafios. Os namoros já nos acompanham há algum tempo e vamos caminhando pela vida. Agora, temos um o\outro enfrentamento: o vestibular. Lutamos para vencer essa prova, visando o exercício da profissão escolhida. Dificuldades mil, mas chegamos lá!

Nessa fase ainda existe muitas incertezas e não temos a maturidade plena. A partir daí, enfrentamos a concorrência na profissão abraçada.


O mundo sempre exige o melhor e nem sempre contamos com a lealdade que deveria existir em todos nós. Precisamos então, de especializações e aprimoramentos e os desafios continuam...

Daqueles namoros surge o casamento e logo, logo, chegam os filhos. Outro desafio para educar e cuidar dos novos membros familiares, enfim, dar-lhes condições para o enfrentamento da vida. Buscamos sempre crescer profissionalmente e conquistarmos o conforto que almejamos. Nova casa, novo carro, novos utensílios domésticos, etc. A vida nos compele para esse progresso material. Isso nos dá alegria e até status social...

Quando menos esperamos percebemos alguns cabelos grisalhos ou mesmo a ausência de muitos fios deles e a maturidade está avançando.


Não é fácil durante todas essas dificuldades darmos ênfase adequada a uma vida futura que podemos chamar de existência eterna, mesmo porque, vivemos a maior parte do nosso tempo convivendo com um mundo extremamente material.

Nesse tempo já estamos mais estabilizados e talvez, menos atribulados. Começamos a perceber segredos e mistérios que nos esperam mais cedo ou mais tarde. É aí que sentimos quão efêmera é a vida terrena que um dia tornar-se-á descartável. Então, sentimos a necessidade de conhecer até onde possível àquilo que inevitavelmente nos espera...

Para aqueles que já possuem uma sólida formação religiosa torna-se mais fácil viver essa fase da vida, convivendo com o surgimento de novos conhecimentos que nos chegam a cada dia.
Outras concepções podem nos surpreender à luz da ciência que possui também a sua inquietude...

Na verdade um dia partiremos para o desconhecido que podemos imaginar segundo a nossa fé e razão, contudo acreditamos que essa incógnita seja uma inquietude constante em todo ser humano.
 

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