Frevo da Humanidade
Neste 9 de fevereiro comemoramos mais uma vez o Dia do Frevo. Ele
que além de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, Título conferido pelo
Ministério da Cultura em 2007, detém ainda o Diploma conferido pela UNESCO com
sendo Patrimônio Imaterial da Humanidade, em 05 de dezembro de 1912.
Dentre as festividades teremos o lançamento do CD 1º. Festival do
Frevo da Humanidade promovido pela nossa Prefeitura, através da Secretaria de
Cultura e Fundação de Cultura Cidade do Recife. Esse evento será o ponto alto
das comemorações, onde são contempladas no álbum somente as três modalidades:
frevo de rua, de bloco e frevo canção. O maestro José Menezes será homenageado no
CD in memorian, com seu antológico Freio a Óleo, nome escolhido pelo grande
maestro Nelson Ferreira. Desta feita, os
ritmos Caboclinho e Maracatu não integram o álbum, pois a Secretaria de Cultura
decidiu acertadamente que teríamos exclusivamente o frevo, considerando o
prestigio do ritmo em nível internacional ao receber aquela honraria.
Sem desmerecer os demais ritmos que ornamentam a nossa imensa
riqueza musical, o frevo merece esse destaque pela sua origem pernambucana e
ainda por ser o Recife a Capital do
Frevo. Convenhamos que todos os pernambucanos devam estar eufóricos em ter
uma manifestação própria reconhecida além-mares.
As suas formas: esfuziante como frevo de rua, romântico ou nostálgico quando falamos no frevo de bloco, e alegre ou jocoso no gênero
frevo canção, conferem ao mesmo uma
diversidade no seu gênero musical, que se depreende flexível na sua estrutura.
O frevo de rua surpreende com perguntas e
respostas sensíveis aos nossos ouvidos. Já os frevos de bloco e frevo canção,
aguçam nossos sentimentos poéticos.
Nesse contexto musical ficamos com os nervos à flor da pele e
achando pouco, incorporamos a todo esse frenesi
a emoção da constelação de passos para termos todo o corpo envolvido nesse cenário
maravilhoso que se transforma em um cenário inusitado.
Chega então, a hora da resistência... Haja fôlego! Haja coração! É
nesse embalo que o carnaval do Recife vibra, freve e o povo entra em
ebulição coletiva onde cada um procura o seu espaço para fazer o passo!
Esquecemos se é dia ou noite. Nada mais interessa a não ser curtir, sonhar,
viajar sem destino ao som do frevo. Uma viagem sem cobranças, sem estações, sem
parada.
Essa vertigem gostosa é diferente daquela que nos desfalece, muito
pelo contrário, a celeridade do passo prova que estamos vivos, muito vivos para
apreciar, enaltecer e vibrar com o nosso Frevo, ritmo maior de Pernambuco!
Parabéns para todos pernambucanos!
Luiz Guimarães Gomes de Sá
Médico e membro da Academia Pernambucana de Música
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