Dificilmente entendemos a dor como uma oportunidade de reflexão. Em geral a dor incomoda e muito, quer seja física ou moral. Nosso discernimento não alcança que se estamos no Orbe transitando como estudantes, obviamente teremos que nos submeter às provas e experiências.
Quando buscamos os conhecimentos que os estudos nos oferecem, passamos pelos educandários até chegarmos à faculdade dos nossos sonhos. Quantos obstáculos enfrentamos nessa caminhada? E o ingente esforço que nos impulsionou para a almejada vitória? Essa glória tem o valor que nossa coragem e determinação nos deram.
Mas será que pensamos que esse esforço e essa vitória são do
Espírito e para o Espírito? Jamais será do corpo físico que se nos apresenta
como mero instrumento de execução dos ditames daquele. Ele é o ser pensante e
que elabora nossas atitudes. É dele que dependemos para envidarmos a viagem
terrena na pálida existência que temos em termos de
tempo...
A dor é um momento de aprendizado para nos modificarmos e
galgarmos os degraus da regeneração espiritual. Ela pode ser admitida como um
“bálsamo” que poderá nos confortar ao admitirmos que estamos resgatando débitos
de outrora. Nessa ocasião se temos fé na vida eterna que o Criador nos ofertou,
concluiremos que esse plantio, apesar de doloroso trará frutos promissores
quando do advento de nova reencarnação.
Essa constatação serve de consolo e esperança de que em
futuro próximo estaremos mais leves, mais saudáveis espiritualmente, visto que a
depuração que a dor nos faz se traduz na elevação que todos nós buscamos.
Vivendo em um planeta de expiações e provas devemos entender que essas agruras
da vida fazem parte do contexto da nossa atual existência. Se estivermos
convictos dessa realidade menos sofrimento nos trará a dor, muito pelo
contrário, ela servirá de alimento para nossa alma no caminho da
redenção.
Para que possamos assim entender, é preciso coragem e
perseverança para a trajetória escolhida. E ainda faz-se mister sabermos que
nada acontece por acaso. Se existem pedras no caminho é porque nós as colocamos
de forma equivocada, cabendo-nos retirá-las no momento oportuno para liberarmos
a estrada cujo horizonte será cada dia mais luminoso. Mesmo sem nos apercebermos
desse processo contínuo estaremos vivenciando uma metamorfose espiritual, onde a
depuração d´alma nos levará a regeneração
consoladora...
A resignação é a consciência do
nosso dever de casa... Quanto maior seja ela, tanto menor serão nossos
sofrimentos. Se assim não procedermos os abalos emocionais que teremos serão
longos e intensos. É nessa virtude que se encontra o bom senso e a sabedoria que
irão fortalecer a nossa fé, que será consolidada na esperança de que estamos em
uma existência exitosa. “O
sofrimento quando resignado resulta na sublime elevação
d´alma”
Luiz Guimarães Gomes de Sá
Trabalha no Centro Espírita Caminhando Para
Jesus
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