Desde que Allan Kardec
lançou o Livro dos Espíritos, em 18 de abril de 1857 (há 160 anos), muitos
fenômenos chamados sobrenaturais foram sendo esclarecidos através das pesquisas
e estudos daquele que teve a incumbência Divina de codificar a Doutrina Espírita.
De inicio, houve
aversão e desprezo por muitos que não admitiam novas concepções no campo
religioso por conta das tradições e da fé cega que os impediam de aceitar novos
conceitos e horizontes de conhecimento.
Com competência e
lucidez, através dos seus vastos conhecimentos na área
das ciências, Allan Kardec procurou analisar profundamente os fenômenos
que a princípio deixavam perplexos aqueles que os presenciavam, a exemplo das
mesas girantes e as pancadas nas paredes ocorridas em Hydesville, quando surgiu
a Tiptologia como forma de comunicação dos encarnados com os Espíritos.
Esse trabalho foi árduo
e persistente, já que se tratava de fatos que fugiam aos conhecimentos da época
e que envolviam ciência, fé e religiosidade. Transpondo os desafios iniciais
das pesquisas com a solidez dos seus conhecimentos, e contando com a
credibilidade que possuía no meio cientifico, Allan Kardec foi passo a passo
desbravando o desconhecido, até deixar patente que aqueles fatos já não mais
seriam mistério e sim ocorrências naturais cujas causas ainda não faziam parte
do conhecimento da época. A Doutrina Espírita tem seu primeiro embasamento nos
conceitos científicos e com a comprovação da existência do espírito, revestiu-se
também dos preceitos religiosos e filosóficos respeitando e seguindo o
Evangelho de Jesus Cristo.
Essa revolução que nos
trouxe verdades sobre o sentido da vida como a imortalidade da alma e a
reencarnação transformou substancialmente a visão do homem e hoje, vivenciamos
a expansão da Doutrina Espírita por ser racional e deixar-nos livres para os
questionamentos necessários, recomendando responsabilidade
e compromisso para aqueles a seguem trazendo, também a consolação pela
lógica dos seus ensinamentos.
Nesse contexto, todos
que a conhecem e põem em prática suas orientações, promovem transformações
expressivas em suas condutas deixando claro, que esse conhecimento e aceitação transcendem
as muralhas da ignorância, propiciando-nos vislumbrar horizontes de Luz em
nossas vidas.
Esse processo de
“purificação” de pensamentos e hábitos confere-nos condições
alvissareiras para a convivência diária com nossos irmãos. São passos edificantes
que serão traduzidos por um clima de paz. Adotando essa postura, estaremos agindo
de acordo com o Evangelho do Cristo seguindo a sua Santa Palavra e o Seu
Exemplo de amor. Em João 14:1-31 temos “(...) Eu sou o Caminho, Verdade e Vida”, deixando evidente que se Ele
pede para que o sigamos corrobora outra Sua assertiva quando temos, ainda em
João 18:36 : “(...) Meu reino não é deste
mundo”, subtendendo-se, assim que o nosso também não pertence a esse mundo,
pois se assim não fosse, Ele não pedira para que o seguíssemos. A resignação é o sentimento que consolida a
Fé.
Luiz Guimarães Gomes
de Sá
Trabalha no Centro
Espírita Caminhando Para Jesus
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