quarta-feira, 4 de abril de 2018

É preciso despertar



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Publicado no Jornal do Commercio
Caminhos da Fé
02.04.2018

Sabidamente todos nós despertamos a cada dia. Esse despertar ocorre após uma noite de sono reparador ou muitas vezes “acordamos” de uma insônia rebelde e inesperada que nos perturbou por toda a noite.  Sendo o despertar diário rotineiro, nem sempre percebemos tratar-se de uma oportunidade sublime de vermos mais uma vez o sol raiar no horizonte e, o canto dos pássaros ecoar agradecendo um novo dia.

Mas temos um despertar muito mais profundo e importante para nossas existências. Referimo-nos ao alvorecer de uma “consciência renovada” que adormece ausente dos fatos e coisas da vida que merecem nossa maior atenção. Questionando o que somos interiormente e por que vivemos, iremos refletir que Deus não iria criar o homem simplesmente para viver um curto período e logo depois nada restar como produto da Inteligência Suprema. Qual seria então o sentido da nossa existência se fosse somente do berço ao túmulo? Muitos praticando o bem e tantos outros padecendo da escuridão da maldade e tudo acabar sem consequência alguma? Como compreender esse fato?

Algo mais existe que justifique nossas vidas. É nessa visão mais acurada que repousa o despertar que nos referimos. O tempo é agora, é hoje. A hora do despertar se nos apresenta diuturnamente pelas provas e experiências que vivenciamos. É delas que  iremos extrair o nosso nível de paciência, benevolência, perdão e todos os predicados inerentes à necessária mudança de comportamento. O tempo é todo nosso! Temos a liberdade para utilizá-lo como quisermos e não raro, desprezamos essa preciosidade que nos é ofertada sem notarmos que esse “tempo” jamais retornará. Outros virão e novas oportunidades poderão ser aproveitadas ou não, no curso da nossa evolução espiritual de cuja trajetória nenhum de nós prescindirá.

Temos em Mateus 5:25-26: “Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil”.

Essa exortação serve de exemplo para outras situações que não sejam necessariamente aquelas onde exista adversários. Constantemente somos acometidos de “melindres” e impulsionados para a desarmonia e consequente tratamento inadequado para com nossos semelhantes.  Exacerbam-se o “orgulho” e a “prepotência” que andam tal qual – irmãs siamesas –, atuando como protagonistas no palco dos desajustes mentais pelos quais padecemos.

Sendo a nossa experiência no Orbe Terreno curta, devemos considerar cada momento como primoroso para o nosso crescimento espiritual. Pensando assim poderemos obter o disciplinamento necessário para que a convivência entre nós torne-se um “pacto” de plena fraternidade como o Mestre Jesus nos ensinou com suas sábias palavras e prática exemplar. (Nós somos o que pensamos, embora nem sempre pensemos no que somos)

Luiz Guimarães Gomes de Sá
Trabalha no Centro Espírita Caminhando Para Jesus


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