Publicado no
Jornal do Commercio
Caminhos da
Fé
02.04.2018
Sabidamente todos nós despertamos a cada
dia. Esse despertar ocorre após uma noite de sono reparador ou muitas vezes
“acordamos” de uma insônia rebelde e inesperada que nos perturbou por toda a
noite. Sendo o despertar diário
rotineiro, nem sempre percebemos tratar-se de uma oportunidade sublime de vermos
mais uma vez o sol raiar no horizonte e, o canto dos pássaros ecoar agradecendo
um novo dia.
Mas temos um despertar muito mais profundo
e importante para nossas existências. Referimo-nos ao alvorecer de uma
“consciência renovada” que adormece ausente dos fatos e coisas da vida que
merecem nossa maior atenção. Questionando o que somos interiormente e por que
vivemos, iremos refletir que Deus não iria criar o homem simplesmente para viver
um curto período e logo depois nada restar como produto da Inteligência Suprema.
Qual seria então o sentido da nossa existência se fosse somente do berço ao
túmulo? Muitos praticando o bem e tantos outros padecendo da escuridão da
maldade e tudo acabar sem consequência alguma? Como compreender esse
fato?
Algo mais existe que justifique nossas
vidas. É nessa visão mais acurada que repousa o despertar que nos referimos. O
tempo é agora, é hoje. A hora do despertar se nos apresenta diuturnamente pelas
provas e experiências que vivenciamos. É delas que iremos extrair o nosso nível de paciência,
benevolência, perdão e todos os predicados inerentes à necessária mudança de
comportamento. O tempo é todo nosso! Temos a liberdade para utilizá-lo como
quisermos e não raro, desprezamos essa preciosidade que nos é ofertada sem
notarmos que esse “tempo” jamais retornará. Outros virão e novas oportunidades
poderão ser aproveitadas ou não, no curso da nossa evolução espiritual de cuja
trajetória nenhum de nós prescindirá.
Temos
em Mateus 5:25-26: “Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto
estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao
juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão Em verdade te
digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil”.
Essa
exortação serve de exemplo para outras situações que não sejam necessariamente
aquelas onde exista adversários. Constantemente somos acometidos de “melindres”
e impulsionados para a desarmonia e consequente tratamento inadequado para com
nossos semelhantes. Exacerbam-se o
“orgulho” e a “prepotência” que andam tal qual – irmãs siamesas –, atuando como
protagonistas no palco dos desajustes mentais pelos quais
padecemos.
Sendo a
nossa experiência no Orbe Terreno curta, devemos considerar cada momento como
primoroso para o nosso crescimento espiritual. Pensando assim poderemos obter o
disciplinamento necessário para que a convivência entre nós torne-se um “pacto”
de plena fraternidade como o Mestre Jesus nos ensinou com suas sábias palavras e
prática exemplar. (Nós somos o que pensamos, embora nem sempre pensemos
no que somos)
Luiz
Guimarães Gomes de Sá
Trabalha no
Centro Espírita Caminhando Para Jesus
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