Publicado no Jornal do Commercio
Caminhos da Fé 13.05.2018
Observando o nosso dia a dia,
verificamos que os acontecimentos que se apresentam podem ser desafios ou
problemas, dependendo da forma como os encaramos. Nesse contexto podemos dizer
que desafio é tudo aquilo que nos instiga à superação.
É uma espécie de “estimulo” que
recebermos e também uma oportunidade para testarmos a nossa capacidade de
vencer aquilo que nos incomoda ou nos conduz a transtornos de qualquer ordem.
Devemos exercitar a paciência e coragem, para termos condições de
enfrenta-los e chegarmos a um desfecho menos sofrido. Obviamente que essa
vitória dependerá de esforço e determinação, e que jamais mergulhemos no
desânimo.
Por outro lado, o que seria problema?
Podemos dizer que se trata de algo que nos chega de forma assustadora e que, de
início, sentimo-nos impotentes para a devida solução. É nesse ponto que o medo
e o pessimismo se fazem presentes, trazendo-nos a incerteza quanto ao resultado
desse enfrentamento. Daí em diante estaremos no curso de um sofrimento
avassalador que terá consequências das mais variadas em nosso campo mental, com
repercussões severas no corpo físico, onde a angústia solapa o nosso bem estar.
O desejo de ser feliz faz parte do
sentimento de todo ser humano, sendo essa busca um trabalho diuturno. Contudo
no Livro dos Espíritos, questão 920, temos: “O homem pode gozar na terra de uma
felicidade completa”? “– Não, pois a vida lhe foi dada como prova ou expiação,
mas dele depende abrandar os seus males e ser tão feliz, quanto se pode ser na
Terra”.
Conscientes dessa assertiva, devemos
aceitar os dias atribulados como parte das nossas existências, não cabendo
entrarmos em desespero, mesmo porque, somente faremos recrudescer os nossos
sofrimentos. Isto posto, descortinemos aquela força interior que nos move
diante de tudo que nos ameaça. Esse poder inerente ao ser humano não é bem
conhecido, merecendo que nos apercebamos do mesmo, tornando-o útil para melhor
vivermos.
Uma reflexão importante se faz
necessária e consiste em mudarmos a maneira de ver os fatos e coisas.
Lembremo-nos de que toda “moeda” tem dois lados e em geral não atentamos para
uma visão diversa daquela que adotamos rotineiramente, face ao arquivo das
experiências pretéritas que nos faz proceder conforme aquelas vivências com
inúmeros equívocos.
É preciso ter em mente que não raro, os
sofrimentos são “sinais” de alerta para que tomemos novos rumos em nossas
vidas. Infelizmente a visão material nos afasta da dimensão extrafísica
que se constitui na verdadeira vida que é espiritual.
Temos ainda em Matheus 5:4: “Bem
aventurados os que choram, por que eles serão consolados”. Desnecessário dizer
que a prece, a fé e a esperança configuram a trilogia que nos impulsiona para a
resignação, fortalecendo os nossos passos para o contínuo processo evolutivo.
(Todos
nós somos suscetíveis a oscilações. A vida é um “surf”, onde as ondas
influenciam as emoções e os sentimentos).
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