quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Protestos: quais os limites?




Publicação: Opinião Diário de Pernambuco
04/09/2013 03:00
O Brasil está vivendo uma onda de protestos de certa forma justa e necessária. O gigante acordou, mas é preciso que haja bom senso e respeito à população de um modo geral. Essas manifestações tornaram-se de repente uma rotina insuportável, trazendo transtornos os mais diversos para a sociedade.

Não condenamos esses atos de revolta e insatisfação, contudo não é possível que todos os dias determinadas cidades parem suas atividades e ainda, que esses movimentos se estendam pelas estradas travando o trafego com sérios transtornos para o povo que tem o direito do livre transito.

Quantos prejuízos em prazos de entrega de cargas e pior, as que são perecíveis que se destinam ao lixo? Qual a vínculo ou responsabilidade que os produtores, caminhoneiros e as próprias indústrias têm com os incontáveis protestos que vemos todos os dias?

Recentemente, tivemos o caso das pirâmides que ensejou um grande protesto, a nosso ver, sem justificativa plausível. Aqueles que queriam ganhos fáceis e foram iludidos agiram de forma incauta, pois com a baixa inflação que temos atualmente não seria lógico auferir lucros fabulosos, mormente, respaldados em promessas vazias e inconsistentes. As autoridades ao proibirem a continuidade dessa prática agiram corretamente, por serem elas irregulares e que trazem prejuízo ao povo como aconteceu.

Por conta dessa atitude insensata cuja responsabilidade é somente deles, acharam por bem bloquear avenidas e teve quem perdesse o horário do voo no Aeroporto do Recife e pessoas que vieram do interior para tratamento de saúde ficaram, também, prejudicadas.

Ora, temos uma imensa categoria de trabalhadores e se todas elas entenderem que esse tipo de protesto é a forma ideal para reivindicarem os seus direitos ninguém mais vai circular no Brasil. Isso é um absurdo e deve ter limites. Enfim, a ordem pública há muito tempo está ameaçada e cabe à polícia se impor e restaurar a tranquilidade nas ruas.

Outra ameaça é que não raro, há descumprimento das ordens judiciais para desocupação das vias ou mesmo suspensão das greves. E depois que essas medidas são desrespeitadas a quem se pode recorrer se o judiciário é a última instância? Onde está o respeito à hierarquia? 


O Brasil vive uma falsa democracia, pois o que vemos diariamente e um estado de anarquia generalizada, onde ninguém respeita nem obedece ninguém... Foi assim que aconteceu na década de 60, onde tivemos episódios lamentáveis e que até hoje, marcam a história do Brasil. É preciso fazer valer os dizeres da nossa Bandeira: Ordem e Progresso!

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